Os “pioneiros” trilhos dos Castanheiros e das Azenhas

Trilho das Azenhas (Foto AM).

Em Amarante, muita da oferta turística está centrada na Natureza. Quem visita o concelho pode desfrutar de rios e serras que convidam a usos diversos, seja em atividades desportivas ou de aventura, de lazer ou de simples descoberta e contemplação.

No território de Amarante foram desenhados percursos, rotas e trilhos de extensão e graus de dificuldade diversos, que convidam ao usufruto e posicionam Amarante num lugar cimeiro nesta área. São várias as opções, com destaque para a Pequena Rota 6 (PR 6), na serra do Marão, ou a ciclovia do Vale do Tâmega, de usos múltiplos.

As margens do rio Tâmega oferecem, agora, três trilhos, de características semelhantes, mas de diferentes distâncias. Vejamos os dois primeiros, que antecederam o de Nossa Senhora do Vau.

Comecemos pelo Trilho dos Castanheiros. Com um percurso linear ao longo da margem esquerda do Tâmega e de dificuldade baixa, tem início no Parque Florestal de Amarante e desenvolve-se ao longo de 3,8 quilómetros.

Sensivelmente a meio do percurso, fica a Pista de Pesca do Formão, que foi redesenhada, do que resultou a melhoria das suas condições de uso. Quem pretenda apenas utilizar esta pista pode aceder-lhe a partir do lugar das Carvalhinhas, em Cepelos.

Trilho das Azenhas é igualmente linear, tem também um grau de dificuldade baixo e desenvolve-se por seis quilómetros, ao longo da margem direita, com início na “Praia das Azenhas” e terminus na freguesia de Vila Caíz, nas proximidades do lugar de Passinhos.

As Azenhas dos Morleiros são um dos mais icónicos sítios do Tâmega (Foto: AM).

A área envolvente da Praia das Azenhas foi objeto de recuperação e arranjo urbanístico e as ruínas das Azenhas dos Morleiros foram preservadas e requalificadas, dignificando-se um espaço que é dos mais simbólicos da identidade e imaginário dos amarantinos.

Excetuando a extensão e o facto de se desenvolverem um, na margem esquerda e outro na margem direita Tâmega, o contexto dos dois trilhos é idêntico no que se refere à paisagem, à fauna e à flora, claramente influenciadas pelo rio que criou habitats únicos e particulares, quer no que se refere a espécies animais ou arbóreas.

Percorrer os trilhos dos Castanheiros ou das Azenhas pode ser, por isso – para além da atividade física subjacente –, um processo de aprendizagem e descoberta. Consultando-se os placards informativos fica a saber-se as espécies animais e vegetais com que se pode contactar ao longo dos percursos. Com um pouco de sorte pode mesmo ver-se uma lontra, deslizando na água!

Já agora, saiba que ambos os trilhos oferecem excelentes zonas para a observação de aves. Das nativas, e que “habitam” o rio ao longo de todo o ano (patos, garça real, corvo-marinho, guarda-rios…), mas também daquelas que estão em trânsito, ora para o Norte da Europa, ora para Africa, e que em Amarante páram para descansar ou nidificar. A altura ideal para se fazer birdwatching é no inverno e na primavera, quando tem lugar a nidificação e as aves estão mais ativas.

Como curiosidade, diga-se que o Trilho das Azenhas pode ser percorrido de noite, já que está iluminado nos seus sete quilómetros de extensão.

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