Tendo como assinatura “Boas energias para o seu lar”, a Eletrogás – empresa criada por Álvaro Oliveira há 22 anos – é, hoje, uma referência incontornável em Amarante e na região, seja pelas marcas e produtos que comercializa, ou pela qualidade dos serviços de assistência técnica que proporciona.
A Eletrogás mudou, recentemente, de instalações, dispondo, agora, de uma loja de mais de 1000 metros quadrados, compatível com o crescimento da empresa e que proporciona mais conforto, melhor atendimento e uma coerente organização expositiva dos produtos que comercializa: eletrodomésticos, ar condicionado, bombas de calor, caldeiras, termoacumuladores, esquentadores, painéis solares e outros, direcionados quer a clientes residências, quer empresariais.
Ao leme da empresa está Álvaro Oliveira, 55 anos, com um percurso profissional diversificado, rico de experiências, feito degrau a degrau e percorrido a pulso.
Comecemos por aqui, pela história do homem que, não tendo nascido num berço de ouro, longe disso, construiu, desde cedo, o sonho de “vencer na vida”. A seu favor tinha qualidades inatas que o tornavam perspicaz, atento, observador, ávido de aprendizagens e vivências, capaz de arriscar, de empreender e de detetar oportunidades para investir.
As suas origens humildes impediram Álvaro de, numa primeira fase, prosseguir os estudos para além da escolaridade primária e, muito jovem ainda, experimentou a construção civil, tendo trabalhado, como servente, nas obras de construção do edifício Navarras.
Vivia-se a década de 1980, com espaços urbanos de diversão feitos de salões de jogos, primeiro com bilhares (snooker e livre) e matraquilhos e, em breve, com flipers, máquinas eletrónicas nas quais era possível dispor de um conjunto alargado de jogos, simular corridas de carros ou fazer tiro ao alvo.
Foi neste contexto que o jovem Álvaro recebeu uma proposta para trabalhar no Salão de Jogos Machado, existente, à época, no Centro Comercial do edifício Navarras. Tinha como funções abrir e fechar o espaço, trocar dinheiro aos clientes e pôr música ambiente.
“Era um trabalho simples, mas de alguma responsabilidade, já que envolvia dinheiro. Ao confiarem em mim para a função, foi porque me consideraram um jovem sério e com valor e isso foi bom para a minha autoestima. Porém, eu queria ir mais além”, confessa Álvaro Oliveira.
E foi! Em pouco tempo tornar-se-ia Técnico de Máquinas Eletrónicas de Diversão, objetivo que conseguiu fruto da sua curiosidade, capacidade de observação e da grande vontade que tinha em vencer, disse-nos.
Inicialmente, a manutenção e reparação das máquinas de jogos eram feitas por técnicos da área que, para o efeito, se deslocavam propositadamente a Amarante. Álvaro acompanhava as suas intervenções, foi vendo como faziam, conhecendo os componentes, a sua interligação e funções e não tardou que se mostrasse, junto do patrão, disponível para aquelas tarefas. A situação agradou, naturalmente, ao proprietário dos salões Machado, que passaria a dispor dos mesmos serviços em tempo útil e a custos substancialmente inferiores.
“Não tinha formação específica. Digamos que era como um músico que toca de ouvido. A minha aprendizagem, como autodidata, era resultado da vontade que possuía em evoluir e, naquela altura, em deixar o trabalho rotineiro que tinha a meu cargo”, sublinha.
A experiência e o saber-fazer de Álvaro foram aumentando e à reparação e manutenção das máquinas seguiu-se a sua própria montagem, feita de raiz. “Recebíamos o cinescópio (monitor), as bobines, a carcaça em madeira, o vidro, a coluna, a fonte de alimentação, o transformador… e eu encarregava-me da montagem, garantindo que tudo iria funcionar convenientemente”, recorda.
Permanentemente atento ao que o rodeava, a Álvaro não passou despercebido o contexto de Amarante nos anos de 1980 e 1990, marcado por intensa animação noturna, pela existência de discotecas como “A Grelha”, a “D. Loba” e a danceteria “Sétima Arte”. O ambiente, pensou, era propício ao consumo de música, pelo que poderia estar criada uma oportunidade de negócio.
E avançou. Comprou uma “lojinha” no edifício Navarras e, em paralelo com a sua atividade de técnico de máquinas de diversão, criou a discoteca “Novo Som”, que rapidamente se tornou um sucesso.
“Consegui para este negócio a colaboração de uma pessoa que estava à vontade no meio e muito atenta ao lançamento de novos discos. A ‘Novo Som’ tinha sempre as últimas novidades da música e as próprias discotecas compravam-nos os discos que animavam as suas pistas de dança”, diz com satisfação.
A Eletrogás
Em 1997, doze anos depois de ter iniciado as suas funções no Salão de Jogos Machado – e, porventura, em consequência do trabalho aí desenvolvido -, Álvaro Oliveira foi desafiado para trabalhar numa empresa da área das energias renováveis, a ENERCON (que acabara de se instalar em Portugal,) integrando uma equipa de gestão e manutenção de parques eólicos.
“Vivi, na ENERCON, uma experiência muito enriquecedora, com inúmeros contactos”, confessou a AMARANTE MAGAZINE. “Contudo, disse, em 2001, por razões várias, achei que deveria iniciar um novo ciclo da minha vida e criei o projeto Eletrogás”.
Olhando à sua volta, Álvaro Oliveira percebeu que Amarante e a região tinham carência de serviços relacionados com o gás, e decidiu adquirir todas as credenciais para criar, com as devidas certificações, uma empresa ligada às energias. Conseguiu-o junto do CICCOPN (Centro de Formação Profissional da Indústria de Construção Civil e Obras Públicas do Norte), depois de ter integrado o programa Novas Oportunidades e de, no seu âmbito, ter obtido o 9º ano de escolaridade.
A atividade na área começou por ser exercida com o nome comercial de Redemarante, executando subempreitadas de instalação de infraestruturas de gás para a Visabeira, fora de Amarante.
“Ao fim de algum tempo, e até por razões familiares, designadamente para acompanhar melhor o crescimento da minha filha mais velha, decidi abandonar a área das infraestruturas, estabilizar e concentrar-me em Amarante, fosse fazendo instalações em moradias e edifícios, ou a montar e reparar aparelhos de queima de gás. Esta era uma área em que não havia oferta qualificada e nós tínhamos as competências e o saber necessários para satisfazermos as necessidades do mercado e desenvolvermos aí o nosso negócio”, revelou o nosso entrevistado.
Hoje, para além dos mais de 1000 metros quadrados de área de loja, a Eletrogás dispõe de uma oficina com cerca de trezentos metros quadrados, onde tem lugar, por exemplo, a reparação de aparelhos de queima de gás. A empresa não vive apenas da venda: faz a montagem, proporciona assistência técnica e o acompanhamento de todo o ciclo de vida dos equipamentos e produtos que comercializa, enfatiza Álvaro Oliveira.
O trabalho é exercido junto de clientes particulares, empresas e IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), inclusive no licenciamento dos seus equipamentos. Para além disso, a Eletrogás faz o acompanhamento de muitos picheleiros em Amarante, procedendo à certificação de instalações de gás.
Inscrita no Fundo Ambiental, nas áreas da climatização e sustentabilidade, a Eletrogás tem ao seu serviço oito colaboradores, distribuídos por três equipas: uma para a montagem de equipamentos; outra afeta à assistência técnica e a terceira responsável pela área administrativa.
Diversificação de negócios
“Acho que tenho vencido na vida, subindo a pulso. Não herdei nada e hoje é minha convicção que, um dia, as minhas filhas ficarão com algum património. Empreendi, arrisquei e as apostas que fiz, até hoje, foram bem-sucedidas. Em termos gerais considero-me realizado”, revelou Álvaro Oliveira a AMARANTE MAGAZINE.
Empreendedor, com capacidade de risco e alguma sorte, admite, o empresário tem vindo a diversificar os seus investimentos, para, entre outras, a área do imobiliário, detendo, por exemplo, uma das mais modernas e conceituadas unidades de alojamento local de Amarante.
“Andava à procura de uma loja de rua com visibilidade e acabei por comprar todo o prédio”, revela Álvaro Oliveira. E assim nasceu o “Carvoeiro”, na rua Cândido dos Reis, em Amarante, posicionado num segmento médio-alto e oferecendo 4 T1 e um T0,
A gestão daquela unidade, não tem dúvidas: “a oferta do Carvoeiro encaixa perfeitamente na filosofia de ‘estar em casa, fora de casa’, isto é, poder-se desfrutar do conforto que temos em casa, no alojamento que escolhemos para nos hospedar.”
E continua: “No Carvoeiro Boutique Apartments foram utilizados materiais cuidadosamente selecionados; os acabamentos e a decoração são de alta qualidade e os equipamentos de nível superior”.
A localização do “Carvoeiro” – saliente-se – é, também, um fator de diferenciação. Situa-se no Centro Histórico, mas fora do bulício do núcleo central, o que aumenta a sua atratividade. Mesmo aos fins de semana ou feriados, quando Amarante recebe mais visitantes, a rua Cândido dos Reis é muito tranquila.
No Carvoeiro os pormenores fazem a diferença. A existência, em todos os apartamentos, de uma salamandra a pellets, tornam-no atrativo, também, para quem viaja de inverno. Em dias de chuva ou de frio, o ambiente criado convida a usar o sofá, frente ao televisor, ouvindo música ou lendo um livro. “Ou simplesmente a estar”!
A Casa do Solar
CASA DO SOLAR SOLAR DOS MAGALHÃES
Álvaro Oliveira confessa a sua satisfação pelo investimento feito naquela unidade de alojamento local, que considera diferenciadora em termos de oferta. Com uma outra configuração, mas sem cedências à qualidade e ao conforto, o nosso entrevistado possui já, licenciado para Alojamento Local (AL), um outro espaço (CASA DO SOLAR), em Santa Luzia, bem defronte para o Solar dos Magalhães, transformado, segundo projeto do Arq. Siza Vieira, em Museu da Identidade e da Memória de Amarante (MIMAR).
Na sequência de um investimento recente, Álvaro Oliveira deverá ter, a curto prazo, bem próximo da Igreja do Convento de S. Gonçalo, a sua terceira unidade de alojamento local, manifestando a vontade de contribuir, com outras iniciativas, para a recuperação de mais edifícios, independentemente do uso que vierem a ter.
“Temos que ter orgulho na nossa cidade”, conclui.
Álvaro Oliveira confessa a sua satisfação pelo investimento feito naquela unidade de alojamento local, que considera diferenciadora em termos de oferta. Com uma outra configuração, mas sem cedências à qualidade e ao conforto, o nosso entrevistado possui já, licenciado para Alojamento Local (AL), um outro espaço (CASA DO SOLAR), em Santa Luzia, bem defronte para o Solar dos Magalhães, transformado, segundo projeto do Arq. Siza Vieira, em Museu da Identidade e da Memória de Amarante (MIMAR).
Na sequência de um investimento recente, Álvaro Oliveira deverá ter, a curto prazo, bem próximo da Igreja do Convento de S. Gonçalo, a sua terceira unidade de alojamento local, manifestando a vontade de contribuir, com outras iniciativas, para a recuperação de mais edifícios, independentemente do uso que vierem a ter.
Na sequência de um investimento recente, Álvaro Oliveira deverá ter, a curto prazo, bem próximo da Igreja do Convento de S. Gonçalo, a sua terceira unidade de alojamento local, manifestando a vontade de contribuir, com outras iniciativas, para a recuperação de mais edifícios, independentemente do uso que vierem a ter.
“Temos que ter orgulho na nossa cidade”, conclui.