Marão homenageou o Padre Manuel Vilar, um homem bom

O Padre Manuel Vilar este 40 anos ao serviço do Marão.

Chegou à serra, Sacerdote, em 1979, passando a ter morada em Candemil, depois de um ano antes ter tido a sua ordenação sacerdotal na Sé Catedral do Porto e celebrado a sua “Missa Nova” em S. Martinho do Campo. No Marão, para além de Candemil, teve a seu cargo as freguesias de Várzea, Ansiães, Aboadela, Sanche, Bustelo e Carvalho de Rei.

“Depois do Concílio ecuménico Vaticano II ter terminado, em 1962, adiante, em 1979, havia algum debate na Igreja  da diocese do Porto: o presbítero tradicional e o novo…”

“Mas os presbíteros, como já dissera o Vaticano II, não poderiam ser ministros de Cristo se não fossem testemunhas e dispensadores duma vida terrena e nem poderiam servir os homens se permanecessem alheios à sua vida e às suas situações. O seu próprio ministério exige, por um título especial, que não se conformem a este mundo; mas exige também que vivam neste mundo entre os homens e, como bons pastores, conheçam as suas ovelhas e procurem trazer aquelas que não pertencem a este redil, para que também elas oiçam a voz de Cristo e haja um só rebanho e um só pastor. Para o conseguirem, muito importam as virtudes que justamente se apreciam no convívio humano, como são a bondade, a sinceridade, a fortaleza da alma e a constância, o cuidado assíduo da justiça a delicadeza e outras que o Apóstolo recomenda quando diz: tudo quanto é verdadeiro, justo, santo, amável, de bom nome, toda a virtude e todo o louvor da disciplina, tudo isso pensai”.

É desta forma que começa o Prefácio, escrito pelo Padre Arlindo Magalhães, do livro “Uma Narrativa em Memórias – Irmão entre irmãos, Padre Manuel Vilar”, apresentado, a 5 de outubro, num encontro de homenagem ao Pároco Manuel Vilar, que durante 40 anos foi pastor dos rebanhos de cristãos da zona ocidental da serra do Marão.

Ali chegou, Sacerdote, em 1979, passando a ter morada em Candemil, depois de um ano antes ter tido a sua ordenação sacerdotal na Sé Catedral do Porto e celebrado a sua “Missa Nova” em S. Martinho do Campo. No Marão, para além de Candemil, teve a seu cargo as freguesias de Várzea, Ansiães, Aboadela, Sanche, Bustelo e Carvalho de Rei.

“Alinhado” com os preceitos do Concílio do Vaticano II, já o sugeriu Arlindo Magalhães, confirmou-o Arménio Miranda, Presidente da Progredir – Associação para o Desenvolvimento do Marão Ocidental, entidade promotora da homenagem. Na sua intervenção, aquele responsável considerou o Padre Manuel Vilar “um homem bom, que, durante 40 anos, deu o melhor do seu esforço para tornar mais digna a vida dos povos do Marão Ocidental”.

E acrescentou: “Tendo sido, em nossa opinião, um servidor exemplar da Igreja, o Padre Manuel Vilar não se limitou, no entanto, a anuncia a Boa Nova, mas, também, em procurar soluções para os problemas sociais que mais preocupavam os seus paroquianos. Desde o fecho das escolas, aos problemas de atendimento médico nos Centros de Saúde, à má distribuição de correio ou as dificuldades nos transportes públicos, levaram-no a constantes intervenções e mesmo a participar em manifestações públicas, para tentar resolver estas e outras questões”.

Mais de três centenas de pessoas associaram-se à homenagem ao Padre Manuel Vilar.

Marília Guedes, coordenadora do livro que pretende imortalizar a obra do Padre Manuel Vilar, disse dele ter nascido “da imperiosa necessidade de referenciar o Irmão Maior, na constante e sempre aprofundada e consciente liderança pelos valores da Igreja, que se pretende liberta de poderes, de riquezas, de fanatismos, de comodismos”. O livro divide-se em duas partes: a primeira é biográfica. Na segunda, escreve-se sobre o trabalho do Padre Manuel Vilar no Marão, sendo o sacerdote “louvado, cantado, chorado e abraçado pelos irmãos, numa espécie de narrativa de memórias que confirmam e autenticam, com o selo branco da verdade, a Verdade assumida no seu Compromisso Sacerdotal”.

À homenagem do povo do Marão ao Padre Manuel Vilar associaram-se a Diocese do Porto, que se fez representar pelo seu Bispo Auxiliar, D. Armando Esteves; o deputado Luís Ramos, autarcas e mais de três centenas de cidadãos anónimos, oriundos das freguesias onde o Padre Manuel Vilar foi pastor. 

O Encontro terminou com um lanche partilhado (“tudo é de todos”), como era apanágio das iniciativas – festas e outros eventos – que o clérigo organizava.

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