Por falar em afetos, não, o mimo não estraga!

É verdade, não sou médica, nem psicóloga mas sou mãe (duas vezes) e para mim, isso basta! E que grande lição de vida! Li algures, que os filhos não vêm com livro de instruções e as mães também não! Mas, sejamos realistas, há um sentimento que é universal, nasce com todos e, melhor ainda, é grátis! O amor, o afeto, o carinho! Não tenho teorias nem estudos desenvolvidos por mim, o que vos escrevo é com o coração. Simples!

O amor dos pais é um incontestável “adubo” que promove o desenvolvimento mental (e espiritual) da criança[1]. O especialista vai ainda mais longe quando recomenda que “quando alguém disser que amor demais “faz mal” à criança” explique que “bebés e crianças que sofrem negligência emocional nos seus primeiros anos de vida têm dificuldade para formar vínculos saudáveis com outras pessoas, podendo desenvolver, no futuro, problemas em relacionamentos, tornando-os excessivamente dependentes de outras pessoas ou socialmente isolados”. O professor e psiquiatra assegura ainda que “quanto mais segura e amada a criança se sente, mais ela desenvolve os mecanismos que levam à autonomia, independência e segurança emocional”.

O mimo não estraga as crianças. A falta de limites, sim. Todos parecemos estar de acordo quanto a isto. Qual será então o principal ingrediente para uma criança feliz? O Amor! Seguro e incondicional, o afeto e o mimo! Mas, se é certo que a criança precisa de Amor, também é bom não nos esquecermos que precisa igualmente de limites claros para que possa crescer segura de si! E como em tudo, ou quase tudo na vida, o segredo está no equilíbrio, entre o amor e os limites! Depois, misturamos tudo muito bem e conseguimos crianças e famílias felizes! Na verdade, acredito eu, vínculos fortes, verdadeiros e sinceros entre pais e filhos são fundamentais para que crianças felizes se tornem em adultos felizes!

O renomado psicólogo Eduardo Sá dizia há tempos numa entrevista que “somos todos mal educados para o amor”. E acrescentava “eu digo aos pais que é mais importante amar do que estudar” porque “descobrirmos a pessoa da nossa vida é o que há de mais precioso, indispensável e também mais difícil”.

Pois então, digam-me lá: e, se nos dessem uma segunda oportunidade? Uma segunda vida, como seria? Vá lá! Não poupem nos mimos! São grátis e não magoam ninguém! E, não, o mimo não estraga! Só a falta de limites! Lembrem-se disso e sejam felizes!

 

[1] Bruce Perry, chefe da Psiquiatria do Texas Children’s Hospital, Daily Mail, 2017.

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