Assinalando o Dia do Selo, comemorado a 1 de dezembro, o Centro de Estudos Amarantinos (CEA) acaba de lançar dois postais máximos (postal, selo e carimbo) de duas figuras amarantinas que, se fossem vivas, teriam feito, em 2021, cem anos de idade.
Tratam-se de António Fernandes da Fonseca, médico e Professor Universitário; e de Maria Eulália Macedo, que foi professora e escritora. Ambos foram, em vida, capa de AMARANTE MAGAZINE.
O CEA iniciou a celebração do Dia do Selo em 2018 com o lançamento de um postal máximo, assinalando o Centenário da Morte de Amadeo de Souza Cardoso. Em 2019, aquele centro de estudos evocou, de igual forma, o tricentenário do nascimento de Paulino Cabral, Abade de Jazente.
O próximo homenageado será o escritor Manuel Amaral.
Amarante evoca Eulália Macedo 10 anos depois da sua morte
Entretanto, o Município de Amarante associou-se à edição de “O meu chão é de vertigem – obra completa”, uma edição de José Rui Teixeira, da Officium Lectionis, que reúne os quatro livros de Maria Eulália de Macedo: “Construção no Vento Norte” (1968), “Raízes” (1970), “Histórias de Poucas Palavras” (1971) e “As Moradas Terrenas” (1994).
A obra será apresentada a 4 de dezembro, às 17:00, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, numa cerimónia que juntará José Rui Teixeira, diretor e presidente do conselho científico da Cátedra Poesia e Transcendência Sophia de Mello Breyner Andresen, da Universidade Católica Portuguesa; e Maria João Reynaud, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e estudiosa da obra de Maria Eulália de Macedo.
Ao longo da apresentação haverá ainda lugar à leitura de poemas, crónicas e um momento musical. A entrada é livre, os lugares são marcados e limitados à lotação. É obrigatório o uso de máscara e a apresentação do certificado digital de vacinação.
Antes desta cerimónia, às 16h00, a família da escritora e o presidente do Município de Amarante, José Luís Gaspar, vão reunir-se na casa onde Maria Eulália de Macedo viveu, na Rua Teixeira de Vasconcelos n.º 67, onde ser descerrada uma lápide evocativa.
Eulália Macedo, nasceu na freguesia de São Gonçalo, a 21 de março de 1921. A infância e a juventude foram marcadas pela convivência com escritores e artistas como Teixeira de Pascoaes, Alexandre Pinheiro Torres e João de Vasconcelos.
Em 1968, Maria Eulália de Macedo recebeu o Prémio de Manuscritos de Poesia do Secretariado Nacional de Informação pelo livro “Construção de Vento Norte”. Em 1970, publicou a segunda obra, “Raízes”, na Sociedade de Expansão Cultural, seguindo-se “Histórias de Poucas Palavras”, de contos e novelas, em 1971; e “As Moradas Terrenas”, em 1974.
Em 2011, foi agraciada com a Medalha de Honra do Município de Amarante.
