Misericórdia de Amarante vai aumentar oferta em cuidados continuados para 122 camas

Santa Casa da Misericórdia de Amarante vai criar, no edifício do antigo Hospital, 57 camas de cuidados continuados (Foto AM)

Quando, em Agosto de 2022, estiverem concluídas as obras no antigo Hospital de S. Gonçalo, a oferta total de camas da Misericórdia de Amarante em cuidados continuados subirá para 122. As obras em curso correspondem a um investimento, nesta primeira fase, de quatro milhões de euros, acrescidos de 100 mil euros para equipamento.

A Santa Casa da Misericórdia de Amarante tem em curso obras de remodelação no edifício do antigo Hospital de S. Gonçalo, em cujos pisos 1 e 2 vai criar 57 camas de cuidados continuados, das quais 28 serão para casos de média duração e reabilitação, com internamento até 3 meses.

As restantes, 29, destinar-se-ão a cuidados paliativos, se forem bem sucedidas as negociações com o Ministério da Saúde, conforme admite o Provedor José Augusto Silveira. A necessidade de camas de cuidados paliativos decorre do facto de, nos dois lares que detém, a Misericórdia de Amarante se deparar, muitas vezes, com idosos institucionalizados que são doentes em estados terminais. 

Na sua primeira unidade de cuidados continuados, inaugurada em 2013, a Misericórdia de Amarante oferece já 65 camas, sendo 50 para estadias de longa duração e manutenção (superiores a três meses); 13 protocoladas com o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) e duas camas particulares.

Quando, em Agosto de 2022, estiverem concluídas as obras no antigo Hospital de S. Gonçalo, a oferta total de camas da Misericórdia de Amarante em cuidados continuados subirá para 122. As obras em curso correspondem a um investimento, nesta primeira fase, de quatro milhões de euros, acrescidos de 100 mil euros para equipamento.

As duas unidades, situadas nas proximidades uma da outra, vão ficar ligadas entre si, o que permitirá criar sinergias em termos de funcionamento, pelo que haverá serviços que serão partilhados. A cozinha, por exemplo, servirá ambas.

Unidade de hemodiálise deverá abrir a curto prazo

Entretanto, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amarante admite poder estar para breve a abertura da Unidade de Hemodiálise da instituição, o que apenas está dependente de emissão de licença por parte do Ministério da Saúde, através da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

O serviço de hemodiálise funcionará no edifício da antiga escola do Campo da Feira (imagem em baixo, à direita), junto ao “velho” hospital de S. Gonçalo, em cujas obras de adaptação a Misericórdia investiu 1 milhão e 300 mil euros. 

A primeira Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Amarante abriu em 2013, com 65 camas.

Com 20 postos, que poderão funcionar em simultâneo, a prestação dos cuidados de hemodiálise será da responsabilidade da empresa Diaverum, a quem a Misericórdia de Amarante arrendou o espaço. A Diaverum (que aguarda licenciamento da ERS) é já, no Tâmega e Sousa, responsável pelos centros de hemodiálise de Penafiel e Marco de Canaveses, 

Sobre este serviço de saúde, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amarante sublinha que a respetiva implementação “resulta de termos detetado a sua carência na região. De resto, é isso mesmo que fazemos na Misericórdia de Amarante: perceber que lacunas existem na comunidade e como as podemos resolver. Aconteceu o mesmo com os cuidados continuados ou com os lares”, disse.

A Misericórdia de Amarante tem em funcionamento dois lares para idosos: o Lar Conselheiro António Cândido, com 116 utentes; e a Estância Nossa Senhora da Piedade, com 120. Através de um protocolo com o CHTS tem, a seu cargo, o serviço de internamento psiquiátrico (Casa de Saúde Santa Maria Madalena), com 23 camas. Em qualquer dos lares, 63 por cento dos idosos institucionalizados são dependentes totais e 50 por cento têm patologia psiquiátrica.

Esta situação, comum a outras Misericórdia no país, leva o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amarante a defender “uma mudança de paradigma para os lares do futuro”, que, para além da Segurança Social, envolva também o Ministério da Saúde.

Nos serviços que presta à comunidade (que incluem apoio domiciliário, Programa de Emergência Alimentar e Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais Carenciadas), a Santa Casa da Misericórdia de Amarante tem envolvidos 250 colaboradores, entre funcionários do quadro e prestadores de serviços. Anualmente, a Instituição paga mais de três milhões de euros em vencimentos.

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