A Quercus solicitou ao governo a suspensão de todas as obras de construção de barragens no rio Tâmega, justificando que existem fortes indícios de perigos que podem pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
A organização não-governamental ambiental (ONG) afirma que soube, através da imprensa, que a empresa Iberdrola – atualmente a construir três barragens no Alto Tâmega – se “viu confrontada com um problema geotectónico” que a obrigou a parar, temporariamente, os trabalhos de uma das três obras.
Em questão está – explicam os ambientalistas – uma falha geológica ao longo da qual se alinha o rio Tâmega e que terá sido ignorada pelos responsáveis do Estudo de Impacto Ambiental e do Plano Nacional de Barragens.
As falhas geológicas são “um perigo real de segurança” e a retenção de centenas de milhões de toneladas de água podem “alavancar os riscos devido à deformação da crosta terrestre e pressão acrescida sobra a falha”, esclarece a ONG.
A Quercus afirma, ainda, que existe um problema de retenção de sedimentos nas barragens da bacia do Douro, que reduziram o caudal de areias estimado em dois milhões de toneladas – há 60 anos atrás – para cerca de 250 mil toneladas, atualmente.
