Entre 1741 e 1759 o padre Diogo Barbosa Machado deu à estampa uma obra essencial para o conhecimento da literatura portuguesa existente até meados do século XVIII. Intitulou-a Bibliotheca Lusitana e nela reuniu toda a informação, que lhe foi possível obter na Torre do Tombo e nas bibliotecas das ordens religiosas e de casas senhoriais, sobre os escritores portugueses de todos os gêneros, sua biografia, bem como a bibliografia que foi publicada em letra de imprensa ou não passou de manuscrito. Como ele diz em sub-título trata-se de uma obra: “Historica, Critica, e Cronologica. Na qual se comprehende a noticia dos Authores Portuguezes, e das Obras, que compuseraõ desde o tempo da promulgação da Ley da Graça até o tempo presente.”
Correndo as mais de três mil páginas dos seus quatro volumes, vamos deparar com 33 entradas de autores nascidos na vila e nas freguesias, que no século seguinte vieram a constituir o concelho de Amarante. É possível que existam mais, pois muitos nomes são omissos na naturalidade ou a sua indicação é insuficiente.
Ao ter conhecimento da obra de Diogo Barbosa, e impressionado com a quantidade de escritores amarantinos contidos na Bibliotheca Lusitana, o Dr. Albano Sardoeira propôs-se divulgar essas informações, às quais pouco acrescentou, e recolher dados que lhe permitiram continuar aquela relação com os escritores que entretanto tinham surgido. Em 1965 publicou um livro a que chamou “ Autores Amarantinos – Subsídios para a sua biobibliografia” (…).
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