Viagem de Fernão de Magalhães em Congresso Internacional

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em conjunto com a Câmara Municipal de Sabrosa e a Estrutura de Missão do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação, vai promover, nos dias 28 e 29 de novembro, o Congresso Internacional “A viagem de Fernão de Magalhães. Diálogos Interculturais, Científicos e Intertextualidades”.

Os trabalhos decorrerão, no primeiro dia, na UTAD, e, no segundo dia, no Espaço Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, Sabrosa. A sessão de abertura, presidida pelo Reitor da UTAD, Emídio Gomes, terá lugar pelas 10 horas, no auditório 1.10 da Escola de Ciências Humanas e Sociais (ECHS), onde decorrerão os trabalhos ao longo do dia.

O objetivo é cumprir o fecho de um ciclo em torno da viagem de Fernão de Magalhães – Elcano (1519-1522). Em ambos os dias, pela voz de especialistas em vários domínios relacionados com a temática, serão debatidos os seguintes temas: A imagem do Eu e do Outro nos territórios encontrados; O exotismo espacial, histórico e climático : a fauna, a flora e o clima; A globalização no século XVI e contactos interlinguísticos; Da ciência náutica à cartografia e arte de marear; Literatura de viagens e a sua projeção nas artes (teatro, cinema, pintura, escultura, música, videojogos etc.); Relações de poder, Transações comerciais e eurocentrismo.

Fernão de Magalhães, navegador português, nascido em 1480, notabilizou-se por ter liderado a primeira viagem de circum-navegação, de 1519 até 1522, ao serviço da Coroa de Castela. A expedição espanhola Magalhães-Elcano fez parte do processo de expansão marítima que foi impulsionado pelo desejo de se descobrir rotas que levassem às Índias em busca das especiarias.

Magalhães não tinha a intenção de circunavegar a Terra, a sua intenção era navegar para o oeste para chegar ao leste (rota marítima para a Índia e chegar à ilha das Molucas). Acima de tudo, tratava-se de encontrar o caminho mais curto possível para as ilhas das especiarias, cuja localização exata era pouco conhecida na época devido ao sigilo estrito. O comércio extremamente lucrativo de especiarias com a Europa era compartilhado por mercadores indianos, persas, árabes, otomanos e venezianos por terra, e por mar por Portugal. 

 Magalhães aparelhou cinco navios com 234 homens de tripulação que partiram de Sanlúcar de Barrameda, em 20 de setembro de 1519. A tripulação era maioritariamente composta por espanhóis, mas havia também tripulantes com outras origens, designadamente, portugueses. A esquadra era formada pelas naus: Trinidad, San Antonio, Concepción, Santiago e Victoria, a única que concluiu a viagem de circum-navegação.

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