Amarante: Feiras das Papas de Olo é já no fim de semana

Em Olo, servem-se papas de couve, de nabiça e de sarrabulho (Foto AM).

Com organização da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Ôlo e Canadelo, vai ter lugar no fim-de-semana (9, 10 e 11 de fevereiro) mais uma edição da Feira das Papas de Olo, que decorrerá no edifício da antiga escola primária da freguesia. Serão três dias (na sexta, só ao jantar) de degustação de um menú tradicional daquela aldeia do Marão, que inclui papas de sarrabulho, de nabiças e de couve.

A edição deste ano da Feira das Papas de Olo terá uma aposta forte na animação, anunciando o seu cartaz Augusto Canário logo na sexta-feira; Jel, Andreia Vieira e Pedro Mota e o DJ Dando, no sábado e, no domingo, o grupo de bombos Unidos da Paródia, o grupo de teatro T’Amaranto e Jorge Amado.

O programa inclui, ainda, à margem da feira, um “free trail” (15 quilómetros) e uma caminhada (10 quilómetros), a realizar no domingo, 11, com partida às 9:00

Animação àparte, o que se celebra em Olo no próximo fim de semana são as papas (de couves, nabiças e de sarrabulho), que  remetem para as tradições locais, marcadas por uma grande ruralidade e por atividades associadas aos trabalhos do campo e da floresta, a exigirem mão-de-obra bem alimentada e possante. O evento acontece no fim-de-semana imediatamente antes do Carnaval, marcado, também, por particularidades gastronómicas, baseadas na matança do porco e no aproveitamento das suas carnes.1

Paralelamente à Feira das Papas, decorrerá uma exposição/venda de produtos locais, com enchidos e fumeiros, mel, compotas e artesanato.

Ôlo é uma das mais míticas aldeias do Marão, conhecida, desde logo, pela sua proximidade à Central Elétrica de Ôlo, mandada construir por António Lago Cerqueira, e que, a partir de 1918, passou a abastecer de energia elétrica a cidade de Amarante.

Com uma economia, em tempos idos, muito ligada à serra, através da floresta e das minas de volfrâmio (a última a fechar foi a de Vieiros, ali ao lado, em 1972), e depois de um acelerado processo de desertificação populacional, Ôlo procura um novo futuro, assente nos seus recursos naturais (hídricos e paisagísticos), nas suas idiossincrasias, identidade e cultura local.

É neste contexto que se insere a Feira das Papas, evento em que se esperam, sexta, sábado e domingo de Carnaval, muitos forasteiros e filhos da terra, emigrados, tomados por reminiscências do passado.

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