Amarante perde o MIMO para a cidade do Porto?

Pormenor do MIMO Amarante, 2019 (Foto: André Henriques).

A notícia é da tarde de sexta-feira, 15 de julho, e, embora não confirmada oficialmente, é dada como certa pelo site ECHOBOOMER (AQUI), que escreve que “o MIMO Festival Amarante vai mudar de localização já na edição deste ano”, acrescentando que “sai de Amarante e irá instalar-se no Porto”.

“Graças ao MIMO Festival, sublinha aquele site, Amarante recebeu, ao longo dos anos, concertos dos HudsonGoran Bregovic Wedding and Funeral BandMatthew Whitaker TrioGoGo PenguinHerbie HancockRodrigo AmaranteManel Cruz, entre muitos outros. Resta saber como será esta primeira edição no Porto e se, de facto, o festival irá manter-se gratuito”, acrescenta.

O que é certo é que, chamando-se MIMO ou tendo ou não o formato do MIMO Amarante, a cidade do Porto terá, em setembro, um novo festival de música, depois da realização, já este ano, do “NOS Primavera Sound”.

O novo festival, anunciado como um “grande evento de música“, será apresentado na próxima segunda-feira, 18, na Casa do Roseiral, por Lu Araújo (Produtora dos MIMO Brasil e do MIMO Amarante) e Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto.

Quando, em 2016, conheceu o Porto, onde estabeleceu a sua segunda morada fora do Brasil, Lu Araújo quis fazer ali o MIMO Portugal, tendo mesmo chegado a dirigir uma proposta a Paulo Cunha e Silva, então vereador da autarquia, que não se mostrou muito recetivo, pelo facto de na invicta se fazer já o “NOS Primavera Sound” e o “D’Bandada” (Ver entrevista).

Não tendo sido possível a realização do MIMO no Porto, Lu avançou para Amarante, onde o festival teve quatro edições com enorme sucesso. A edição de 2020 não chegaria a realizar-se, por causa da pandemia, com a decisão de cancelamento a ser tomada em abril daquele ano, quando o festival ja estava “montado”.

Com muitos compromissos assumidos (como contratação de artistas, som, palcos…) e despesas de grande montante efetuadas, Lu Araújo acusou, então, a Câmara de Amarante – que suspendeu o processo de adjudicação em curso para a realização do festival – de falta de diálogo e fuga às responsabilidades. Aquela produtora viria, mesmo, a processar judicialmente a autarquia (AQUI e AQUI).

De “candeias às avessas” com a Câmara de Amarante (que, entretanto, havia assumido o compromisso de realizar as edições de 2021 e 2022 do MIMO) desde 2020, Lu Araújo passou a encarar a hipótese de fazer o festival noutra cidade, não só pelo “reiterado incumprimento por parte da Câmara de Amarante das decisões dos tribunais”, que lhe haviam dados razão, mas também, porque, em sua opinião, já “não havia clima” para dialogar com os responsáveis do Município (AQUI e AQUI).

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