Soni Esteves vence Prémio Literário Ilídio Sardoeira

Vencer a II edição do Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira foi, para Soni Esteves, segundo a própria, uma dupla festa. Saiba porquê.

A autora Soni Esteves, nome literário de Maria da Conceição Esteves Silva, de 61 anos, Professora, é a vencedora da II edição do Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira, anunciou, hoje, a União de Freguesias de Amarante. A autora concorreu com o conto “A Casa da Avó”, cuja escolha mereceu decisão unânime do Júri, presidido pelo escritor António Mota.

Em circunstâncias normais, sem os constrangimentos impostos pela pandemia do Covid-19, este anúncio teria sido feito, conforme era previsto, a 23 de abril, na abertura da Festa do Livro, evento iniciado pela UF de Amarante em 2014, mas que, este ano, não foi possível organizar.

A este propósito, Joaquim Pinheiro, Presidente da União de Freguesias de Amarante, refere que se as orientações da Direção Geral de Saúde (DGS) o permitirem, organizaremos a cerimónia da entrega do Prémio e apresentação do livro vencedor durante o mês de outubro, para, de seguida, e à semelhança do que aconteceu com a primeira edição, percorreremos as escolas do concelho de Amarante a apresentar a obra vencedora, oferecendo-a aos seus alunos e, simultaneamente, continuando a divulgar o concurso, a promover o encontro com o livro e com os autores e a dar a conhecer o ilustre amarantino que foi  Ilídio Sardoeira”

“Enfim, acrescentou, incentivando e promovendo a maneira mais antiga e mais eficaz, conhecida até hoje, de adquirir conhecimento, que é através da leitura e da escrita”.

Dividido em dois escalões, A (dirigido a escritores maiores de 18 anos) e B (destinado a autores  com idade entre os 15 e os 18 anos, a frequentarem o ensino secundário em Amarante), o Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira não foi, este ano, atribuído nesta última modalidade, tendo o Júri considerado que os originais a concurso registavam “fragilidades de discurso” e “inadequação ao potencial recetor infantojuvenil”. Não obstante, Joaquim Pinheiro reafirma a aposta do Prémio na promoção de obras de jovens autores de Amarante, desafiando, por isso, os estabelecimentos de ensino do concelho a terem também como seu este objetivo.

“Distinção é uma dupla festa”

Reagindo após lhe ter sido comunicada a vitória na II edição do Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira, Soni Esteves disse estar grata à UF de Amarante, pela importância que a autarquia consagra ao livro e à cultura, afirmando “não ser necessário viver em Amarante para se perceber que, por esses lados, a cultura tem vida, uma vida que é acalentada com iniciativas como a Festa do Livro, o Concurso de Fotografia, ou o Prémio da Literatura Ilídio Sardoeira”.

E sobre a premiação da sua obra, “A Casa da Avó”, disse: “Ser distinguida com este Prémio é para mim uma dupla festa, a primeira já a vivi enquanto escrevia um conto que reflete um pouco do meu sentir sobre Amarante, a segunda vivi-a no momento em que me foi anunciada a distinção”

“Uma visita virtual a Amarante, que fiz, obviamente, acrescentou, para escrever com mais propriedade, não substitui a visita que se quer feita de sons, de cores, de cheiros e de sabores, os quais eu procurei, ainda que ao de leve, levar para o meu livro, tal como a transformação que a cidade vive. Não raras vezes, nessas transformações urbanas, as terras perdem a alma, mas eu creio que esta gente, que tão bem preserva a memória de Ilídio Sardoeira, não o vai permitir, pois esta gente sabe o valor da memória na construção do futuro”, concluíu a autora.

O conto “A Casa da Avó” irá, agora, ser editado em livro, cujo processo deverá estar concluído no final do mês de setembro.

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