III Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira: e a vencedora é… Soni Esteves

Depois de, em 2020, ter vencido a II edição do Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira, com o conto “A casa da avó”, Soni Esteves reincide em 2021, sendo distinguida, agora, pela obra “A que sabe o mar”. A AMARANTE MAGAZINE a autora revelou que a obra premiada “aborda o problema dos refugiados, uma realidade bem distante das nossas crianças e jovens. No entanto, não vivemos numa bolha e os problemas do mundo são os nossos problemas, porque o mundo é a nossa casa”, disse. 

A escritora Sóni Esteves (nome literário de Maria da Conceição Esteves Silva) venceu a III edição do Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira, organizado pela União de Freguesias de Amarante (S. Gonçalo), Madalena, Cepelos e Gatão, com o conto “A que sabe o mar”.

Em 2020, a escritora havia já vencido a II edição, à qual concorreu com “A casa da avô”, cuja estória viria a ser ilustrada por Joana Antunes.

Sobre a distinção que o Júri voltou a atribuir-lhe, disse Soni Esteves: “Senti uma enorme alegria ao saber-me vencedora desta terceira edição do Prémio, não só por o júri ter destacado, uma vez mais, o meu trabalho, mas sobretudo por me dar a possibilidade de ver o conto editado em livro. Ver um conto meu editado e saber que ele vai ser lido por jovens leitores amarantinos, é mesmo o melhor do Prémio”.

E acrescentou: “Quando, há um ano, venci a segunda edição, tive a oportunidade de contactar, ainda que à distância, com alunos do 4.º, do 6.º e do 9. anos, e foi muito gratificante poder ouvir os seus comentários e responder às suas perguntas, algumas delas surpreendentes.  Anseio por fazer o mesmo com o conto ‘A que sabe o Mar’, se possível presencialmente”.

Sobre “A que sabe o mar”, a autora disse ser completamente diferente de “A casa da avó”.  “Descreve outros ambientes, outras vivências e aborda o problema dos refugiados, uma realidade bem distante das nossas crianças e jovens. No entanto, não vivemos numa bolha e os problemas do mundo são os nossos problemas, porque o mundo é a nossa casa”, concluiu. 

Concurso democratiza o acesso aos livros

Joaquim Pinheiro, Presidente da Junta da União de Freguesias de Amarante, admitindo ser o Prémio de Literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira a última atividade de âmbito cultural que “abraça” enquanto autarca, considera não poder estar mais feliz por “’fechar’ o mandato com a conclusão da IIIª edição que vai possibilitar a oferta de cerca de 20000 exemplares da obra vencedora e que inclui todos os alunos (de escolas públicas e privadas) do 4º, 6º e 9º anos de escolaridade, do concelho de Amarante”.

“Concluir a IIIª edição do Prémio de literatura Infantojuvenil Ilídio Sardoeira foi, para mim, motivo de enorme alegria. Esta iniciativa (conjuntamente com a Festa do Livro, que organizamos desde 2013) insere-se no compromisso da União de Freguesias de tudo fazer para a promoção da leitura e da escrita, contribuindo, assim, para democratizar o acesso aos livros e estimular os hábitos de leitura e escrita, nomeadamente em ambiente famíliar”, sublinhou.

E a concluir: “A minha satisfação é ainda maior ao verificar que o Júri (escritor António Mota, escritor José António Gomes e Dra. Sara Reis da Silva – professora do Instituto de Educação da U. Minho) considerou, de forma unânime, que a qualidade deste concurso é evidente e que se afirma à medida que as edições vão avançando, ou seja, a qualidade dos textos submetidos a concurso tem aumentado notoriamente”. 

Sobre a autora
Maria da Conceição Esteves Silva, 63 anos
Nasceu e vive em Braga
Estudou na Universidade do Minho “Licenciatura em Ensino de Português”
Professora do Ensino Básico e Secundário
Escreve, geralmente, com o pseudónimo “Soni Esteves”, que dá também nome ao blogue “soniesteves.blogspot.com”
Escreveu várias peças de teatro, com a finalidade de serem representadas por alunos e professores
Editou o livro “Os cães da minha rua”, Chiado, 2016
Em 2019 venceu o Prémio Ilídio Sardoeira, com o conto “A casa da avó”Em 2020 venceu o Prémio Minho Storytelling — Novos Olhares sobre o Minho, com o conto “Códigos de Fé”

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