UTAD cria Cátedra José Saramago

Pormenor da cerimónia (Foto UTAD).

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Fundação José Saramago e a Livraria Lello assinaram, recentemente, um convénio para a constituição da Cátedra José Saramago naquela Universidade, a primeira a ser criada em território português.

Segundo o documento de constituição, trata-se de “um espaço de pensamento, diálogo e realização conjunta e participada de actividades, que tem como ponto de partida o estudo e a divulgação da língua, da literatura e da cultura portuguesas”, a partir da obra do Nobel da Literatura.

No cumprimento deste propósito, a Cátedra irá “desenvolver e integrar ações multidisciplinares de qualificação curricular, de formação e investigação científica em prol da academia e da sua extensão à sociedade civil, sem descurar a cidadania global, enquanto ponte e palco comum de atuação dos vários atores com potencial para impulsionar o desenvolvimento da Região”

Na cerimónia de constituição participaram o Reitor da UTAD, Emídio Gomes, a Presidente da Fundação José Saramago, Pilar Del Rio, e a Administradora da Livraria Lello, Aurora Pedro Pinto, entre muitos convidados. A UTAD será a “catedral” de Saramago, foi realçado nas intervenções. 

Pilar Del Rio, afirmando-se emocionada com a distinção que esta Cátedra representa para a memória de Saramago, contou um pouco da história de vida do escritor, desde a infância e adolescência. “Não foi à Universidade nunca” e “viveu toda a vida com a mágoa de não ter ido à Universidade”, lembrou a viúva do escritor, realçando a importância de o seu nome e a sua obra serem hoje pilares fundamentais nos estudos académicos em Universidades de todo o mundo.

O Reitor da UTAD deu testemunho, na sua intervenção, da grande honra que a criação desta Cátedra representa para a Universidade. Lembrou as palavras que Saramago dedicou a esta região, projetando-a de forma notável. “Ninguém fica indiferente às palavras que Saramago dedicou à nossa região, às nossas vilas, cidades e aldeias”, afirmou Emídio Gomes e acrescentou: “Instala-se em nós um sentimento indelével de pertença e orgulho, de vontade de intervir nos âmbitos interligados da cultura, da ciência, do conhecimento e da economia”. 

Com esta Cátedra, – Emídio Gomes –, “a valorização da nossa paisagem, dos nossos recursos naturais e humanos ao nível do turismo e das atividades económicas que se envolvem com as nossas tradições, a vinha, o vinho, a castanha, as serras, do desporto ao bem-estar, da geologia à enologia, não ficarão de fora. Envolveremos tanto a comunidade adulta como os mais jovens e as crianças, as famílias, as escolas e as autarquias.”

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